... " Quero dormir e sonhar

um sonho que em cor me afogue:

verdes e azuis de Renoir

amarelos de Van Gogh." ...

António Gedeão
(1956)

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Um olhar ... José Escada

"Nós devemos a cada instante, reconquistar o sentido da vista, pois os nossos olhos transformam-se rapidamente em holofotes distraídos.
Olhemos, por consequência, gratuitamente."
José Escada


José Escada nasceu em Lisboa em 1934.
Ainda antes dos 20 anos, teve um atelier no Rossio, com Lourdes Castro, René Bertholo, João Vieira e Gonçalo Duarte, seus companheiros da ESBAL (Escola Superior de Belas Artes de Lisboa).
Muito activos começaram a participar em exposições, sobretudo nas iniciativas da Sociedade Nacional de Belas Artes e editaram de 1953 a 1955 a revista VER.
Profundamente católico, José Escada aderiu ao Movimento de Renovação de Arte Religiosa.

Nos finais dos anos 50 parte para Paris.
Em 1960, com os companheiros de atelier, que também tinham partido para Paris e a que se juntaram Costa Pinheiro, Jan Voss e Christo Javacheff forma o KWY. O grupo expõe em Sarrebrucken, Lisboa, Paris e Rio de Janeiro.
Em 1962, em Roma, concedeu uma entrevista à rádio italiana onde criticou o regime de Salazar, facto que lhe valeu o estatuto de exilado.
Em 1968, Marcelo Caetano pôs fim ao seu exílio político.
José Escada faz parte do grupo de artistas que contribuiram, nos anos 60, para a renovação da arte portuguesa.

Tirando algumas obras dos anos 60 os seus desenhos, pinturas e recortes têm quase sempre uma matriz figurativa.

Morre em 1980, com 46 anos.

Maria Arlete Alves da Silva (texto adaptado)



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