... " Quero dormir e sonhar

um sonho que em cor me afogue:

verdes e azuis de Renoir

amarelos de Van Gogh." ...

António Gedeão
(1956)

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

A arte do Museu do Prado viaja pela primeira vez para Portugal



No dia 9 de Setembro foi assinado, em Lisboa, um acordo entre os Museus do Prado (Madrid) e Nacional de Arte Antiga (Lisboa).
Com este convénio chega a Lisboa, no dia 29 de Novembro, uma mostra de paisagens nórdicas do século XVII, pertencentes ao acervo do Museu do Prado.

António Pimentel, director do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) , segundo as palavras de Miguel Zugaza, director do Museu do Prado, foi " o verdadeiro impulsionador deste acordo", que além desta exposição temporária , tem também nas suas cláusulas, a realização de programas de intercâmbio e de empréstimo entre os dois museus.




O Jornal Público, na sua edição de 9/9/2013, noticiou o evento:


Museu do Prado traz 60 pinturas ao Museu Nacional de Arte Antiga


Acordo entre os dois museus ibéricos foi assinado esta segunda-feira em Lisboa.





Tentações de Santo Antão é uma das obras que será emprestada ao museu espanhol Carlos Lopes/Arquivi

 
Uma exposição com 60 pinturas do Museu do Prado, de Madrid, e o intercâmbio de obras de Bosch e Dürer são alguns dos pontos principais de um protocolo assinado esta segunda-feira com o Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa.
O acordo foi formalizado pelos directores das duas instituições - António Filipe Pimentel, do museu português, e Miguel Zugaza, do Prado -, no Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), na rua das Janelas Verdes, em Lisboa, com a presença do secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, e da directora-geral do Património Cultural, Isabel Cordeiro.Este acordo inédito, e de renovação automática, salvo algum impedimento de alguma das partes, determina uma série de iniciativas entre os dois museus, incluindo a divulgação e estudo dos respectivos acervos.
A primeira iniciativa é a inauguração no MNAA, a 29 de Novembro, da exposição temporária Rubens, Brueghel, Lorrain. A Paisagem do Norte no Museu do Prado, primeira mostra composta integralmente por obras do Museu do Prado realizada em Portugal. Comissariada por Teresa Posada Kubissa, conservadora do Museu do Prado, da área de pintura flamenga e Escolas do Norte (até 1700), a exposição viajou por algumas cidades espanholas e chegará à capital portuguesa com um número recorde de obras, segundo o museu.
Outra das iniciativas acordadas entre os dois museus é o empréstimo, pelo MNAA, do tríptico Tentações de Santo Antão, do pintor holandês Hieronymus Bosch, para a exposição que o museu espanhol dedicará ao artista em 2016.
Nesse ano, em que se assinalam os 500 anos da morte de Bosch, o Museu do Prado, que possui o Jardim das delícias terrenas na sua colecção, vai receber um número jamais reunido de obras do mestre holandês.
Na mesma altura, e no quadro do intercâmbio assinado, o MNAA receberá o auto-retrato do pintor Albrecht Dürer, pintado em 1498, considerada uma das mais emblemáticas obras do Museu do Prado, e raramente exposta fora de Espanha.
Também o tríptico de Bosch, Tentações de Santo Antão, o único que contém a assinatura do artista reconhecível, raramente saiu do MNAA, segundo disse o director do museu à Lusa, a última em 1992, para uma mostra nos Estados Unidos da América.
O acordo hoje assinado entre os dois museus ibéricos, insere-se na nova estratégia programática do MNAA, que engloba “a internacionalização do seu acervo e a cada vez mais assídua colaboração com museus estrangeiros de renome”, segundo o director.
Criado em 1884, o MNAA acolhe a mais relevante colecção pública de arte antiga do país, desde pintura, escultura, artes decorativas portuguesas, europeias e da Expansão Marítima Portuguesa, desde a Idade Média até ao século XIX, incluindo o maior número de obras classificadas como tesouros nacionais.
Além dos Painéis de São Vicente, de Nuno Gonçalves, o acervo integra ainda, entre outros tesouros, a Custódia de Belém, de Gil Vicente, mandada lavrar por D. Manuel I e datada de 1506, os Biombos Namban, do final do século XVI, que registam a presença dos portugueses no Japão.
Piero della Francesa, Hans Holbein, o Velho, Pieter Bruegel, o jovem, Lucas Cranach, Albrecht Dürer, Jan Steen, Velásquez, van Dyck, Murillo, Ribera, Nicolas Poussin, Tiepolo são alguns dos mestres europeus representados na colecção do MNAA.
Quanto ao Museu do Prado, fundado em 1819 pelo rei Fernando VII, possui uma colecção de pintura desde o século XII até princípios do século XX e inclui os maiores acervos dos pintores Velásquez, Goya e Rubens, reunidos numa única instituição.
O seu acervo integra muitas das obras primas da pintura europeia, como a Anunciação,de Fra Angelico A Descida da Cruz, de Van der Weyden, O Jardim das Delícias, de Bosch, e David vencendo Golias, de Caravaggio.
O Prado acolhe também colecções de escultura antiga, artes decorativas, desenho, gravura e fotografia, com destaque para o maior conjunto do mundo de obras em papel da autoria de Goya. *

Fonte:  * Jornal "Público"

domingo, 15 de setembro de 2013

Sabia que ...


Existem:

25 mil imagens de obras de arte em alta resolução para download gratuito



 
Claude Monet
Banks of the Seine, Vétheuil

 
A National Gallery of Art (Galeria de Arte Nacional), localizada em Washington, Estados Unidos, em parceria com a fundação Samuel H. Kress, disponibilizou para download gratuito 25 mil imagens de obras de arte em alta resolução. As imagens estão divididas por categorias ou podem ser consultadas por  meio da busca pelo nome do autor ou título da obra.*
Para mais informações


* Informação retirada do site www.pportodosmuseus.pt

 

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Museu Van Gogh



Museu Van Gogh revela quadro desconhecido



Vincent Van Gogh 
"Pôr do Sol em Montmajour"
1888
 
O Museu Van Gogh de Amesterdão revelou um quadro desconhecido do mestre holandês, pintado no apogeu da sua arte
 mas esquecido no sótão de um colecionador privado que sempre acreditou tratar-se de uma cópia.
Óleo sobre tela datado de 1888, ‘Pôr do Sol em Montmajour’ foi hoje revelado ao público pela primeira vez pelo diretor
do museu Van Goh, Axel Rueger.
O quadro mostra uma paisagem de carvalhos nos arredores da cidade francesa de Arles. Esta descoberta é “um
acontecimento único na história do Museu Van Gogh”, afirmou Rueger, citado pela AFP.
Comprada em 1908 por um colecionador privado, a obra passou vários anos no seu sótão, com o proprietário convencido
de que se tratava de uma cópia.
Agora, peritos em Van Gogh autenticaram o quadro, comparando a técnica usada com a do pintor. Além disso, o próprio
Van Gogh descreve o seu quadro numa carta datada de 4 de julho de 1888.
‘Pôr do Sol em Montmajour’ estará exposta ao público a partir de 24 de setembro e durante um ano no Museu Van Gogh.
Totalmente renovado, este espera receber 1,2 milhões de visitantes no próximo ano.

Fonte: DN

 

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Os trabalhos de Eva Afonso




Eva Afonso
"A espera"
2013
Óleo sobre tela, 61x46 cm



Pormenor do óleo - "A espera"

sábado, 7 de setembro de 2013

Georges Seurat - "Um Domingo na La Grande Jatte"


Na pesquisa que fui fazendo para elaborar o post anterior, encontrei um video, no YouTube sobre Georges Seurat e a sua obra manifesto: "Um domingo à tarde na La Grande Jatte", que achei interessante e, por isso, decidi  partilhá-lo.

Aqui fica:

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

O triunfo do ponto sobre a linha


Estamos quase no final do Verão, mas os dias continuam longos e quentes ... e as praias persistem no apelo a muitos veraneantes. E lá estão elas repletas de corpos bronzeados, estendidos sobre os areais, exalando, à distância, os odores dos protectores solares.
Há estudos científicos, não me perguntem quais, que comprovam que o Sol tem efeitos eufóricos sobre o metabolismo humano. Em dias soalheiros ficamos mais satisfeitos e descontraídos.
Venero o Sol!
Deprimo quando ele se esconde atrás de um espesso cortinado de nevoeiro. Sei que está lá, mas quero vê-lo.
Sou uma adoradora do Sol!
Heródoto ( historiador grego) afirmou que "Os egípcios são de todos os homens os mais religiosos".
Se eu fosse seguidora da religião do antigo Egipto, seria também de todas as mulheres a mais religiosa.
E da imensa diversidade dos deuses egípcios, o meu eleito seria, sem dúvida, Râ, o Sol em todo o seu esplendor.
Pronto, está dito, gosto do Sol!
Gosto das praias ao final do dia, quando se esvaziam e ficam apenas os adoradores do Sol. Gosto quando, na maré-vaza, o mar recua devagar cobrindo a areia e as rochas com rendas de espuma adornadas de cristais de sal brilhando ao Sol.
É na época estival que se concentra a maioria dos períodos de descanso... e que gostoso é estendermo-nos ao Sol à beira-mar ou à beira-rio ...

Hoje captamos muitos desses momentos através das nossas máquinas fotográficas ou de uma panóplia tecnológica, o pintor Georges-Pierre Seurat (1859-1891) registou-os com o pincel, usando uma técnica que podemos considerar percursora da imagem digital.


Georges Seurat
"O Banho em Asnières"
1883-1884
Óleo sobre tela, 200x300 cm
National Gallery, Londres



Georges Seurat
"Um Domingo à tarde na ilha La Grande Jatte"
1885
Óleo sobre tela, 206x306 cm
The Art Institute of Chicago

Os quadros "O banho em Asnières" e "Um domingo à tarde na ilha La Grande Jatte" são o retrato de momentos em que os parisienses fruíam o descanso à beira do rio Sena.
Quer Asnières, quer La Grande Jatte eram locais para onde os parisienses acorriam, nos finais do século XIX, nos dias de Verão para passearem de barco, banharem-se nas águas do Sena ou estenderem-se nas suas margens ao Sol.

Seurat foi o criador do movimento pontilhista, também denominado divisionista.
A partir do estudo dos tratados científicos sobre a cor e a percepção visual, criou um estilo pictórico pessoal que consistia na divisão das pinceladas, ordenadas na tela em pequenos toques regulares de cores puras. Cabia ao olhar do observador efectuar a síntese final.
Cientificamente já tinha sido demonstrado que na retina, a imagem captada aparece sob a forma de uma multitude de pontos minúsculos que a mente depois associa uns aos outros.
Seurat executa os seus quadros a partir de uma profusão de pequenos pontos precisos que, quando vistos no seu conjunto, mostram a forma pictórica com um efeito semelhante ao granulado da ampliação fotográfica.