... " Quero dormir e sonhar

um sonho que em cor me afogue:

verdes e azuis de Renoir

amarelos de Van Gogh." ...

António Gedeão
(1956)

quinta-feira, 28 de março de 2013

A finitude da vida - Vanitas


Se Cristo morreu na cruz para salvar os homens, os homens devem perceber que a sua existência é finita e viver a vida com  humildade.
Foi este sentimento que grande número de naturezas-mortas, Vanitas, procurou realçar.
A vaidade  humana, a natureza efémera da vida e a contemplação dos verdadeiros valores cristãos foram temas predominantes deste género artístico.
Nos finais do século XVI e no século XVII muitas obras traziam, através dos objectos que apresentavam, uma mensagem muito clara: "Lembra-te que vais morrer"; é uma reacção à arte que mostrava a riqueza e os bens terrenos.

Harmen Steenwijk
Natureza-morta Vanitas
c. 1640-1650
Óleo sobre madeira, 58,9x74 cm
Museu Stedelijk `De Lakenhal´, Leiden

A caveira, os livros e a fruta comida por vermes identificam esta pintura como uma representação alegórica do carácter finito de qualquer existência.
Atrás da caveira está um poste de madeira ligado a uma trave que é parcialmente oculta pela margem superior do quadro. Podemos ver aqui uma referência à cruz de Cristo.



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