segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Sabia que ...


  Fundação Nadir Afonso abre portas em julho de 2014


Fundação Nadir Afonso abre portas em julho de 2014

            Fotografia © José António Domingues/ Global Imagens



Era um projeto apoiado pelo artista, que não chega a ver a sua conclusão nem a exposição permanente das suas obras. Siza Vieira, autor do projeto, lamenta o atraso.

Era um espaço que Nadir Afonso apoiava e para o qual está prevista uma exposição permanente das suas obras, mas que o pintor, que morreu na quarta-feira, aos 93 anos, já não verá. Devia estar pronto em 2011 mas, fruto de sucessivos atrasos, só estará concluído em 2014 - 8 de julho é a nova data para a inauguração.
(...)
O município, de onde era natural o pintor e onde voltava sempre, tinha programado a abertura da fundação para dia 4 de dezembro, data em que o pintor assinalou o 93.º aniversário, num momento em que a sua saúde era já muito débil. No verão já tinha falhado o ritual de ir de férias à terra natal e passear pelas margens do rio Tâmega. (...)

Fonte: DN
 

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Morreu o pintor Nadir Afonso


Morreu Nadir Afonso





Nascido em Chaves, em 1920, o pintor, arquiteto e pensador Nadir Afonso Rodrigues tinha completado o 93º aniversário no dia 4.


O pintor e arquitecto português Nadir Afonso morreu hoje, aos 93 anos, no Hospital de Cascais.
Diplomou-se em Arquitectura na Escola Superior de Belas-Artes do Porto. Em 1946, estuda pintura na École des Beaux-Arts de Paris, e obtém por intermédio de Portinari uma bolsa de estudo do governo francês.

Até 1948 e novamente em 1951 foi colaborador do arquitecto Le Corbusier; nomeadamente no projecto da cidade radiosa de Marselha, e serviu-se algum tempo do atelier de Fernand Léger. De 1952 a 1954, trabalha no Brasil com o arquitecto Oscar Niemeyer. Nesse ano, regressa a Paris, retoma contacto com os artistas orientados na procura da arte cinética, desenvolvendo os estudos sobre pintura que denomina "Espacillimité".

Na vanguarda da arte mundial expõe em 1958 no Salon des Réalités Nouvelles "espacillimités" animado de movimento. Em 1965, Nadir Afonso abandona definitivamente a arquitectura; consciente da sua inadaptação social, refugia-se pouco a pouco num grande isolamento e acentua o rumo da sua vida exclusivamente dedicada à criação da sua obra.

Foi distinguido em 1967 com o Prémio Nacional de Pintura e em 1969 com o Prémio Amadeo de Sousa-Cardoso, e condecorado com o grau de Oficial (1984) e de Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada (2010).


Fonte: Expresso

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/morreu-nadir-afonso=f845655#ixzz2nD1eHb4E

O pintor arquitecto


 
Espacillimité
1954


Évora Surrealista
1945
 

Porto de Copenhaga
1975




Dresden
1985

 
Moscovo
1995

    segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

    Observando um Quadro ... de James Whistler - nº 26



    James Abbott McNeill Whistler (1834-1903) nasceu nos Estados Unidos da América, mas viveu a juventude em S. Petersburgo e Moscovo, onde o pai se fixou para trabalhar como engenheiro na construção de uma via férrea.
    Whistler aos 21 anos teve uma breve passagem pela Academia Militar de West Point mas, como não tinha nem físico, nem temperamento para a vida militar, foi expulso. Por graça costumava dizer: " Se o silício fosse um gás eu teria sido major-general !".
    Após esta experiência falhada, parte para Paris, porque queria seguir uma carreira artística. Nesta cidade contactou com artistas de vanguarda como Courbet, Manet e Degas, mas foi em Londres que estabeleceu a sua residência.




    James Whistler
    Nocturno em Preto e Ouro : A Queda do Foguete
    1874
    Óleo sobre tela, 60x47 cm
    Institute of Arts, Detroit



    Este quadro de Whistler foi exposto na Grosvenor Gallery em 1877 e provocou a ira do crítico de arte, John Ruskin, que o classificou como um insulto aos espectadores. E num artigo escreveu que esta pintura era " um pote de tinta atirado à cara do público".
    Whistler  ficou furioso e interpôs contra este famoso crítico uma acção  por difamação.
    O julgamento causou sensação!
    Whistler foi difamado, mas o juiz deu-lhe razão, no entanto, foi obrigado a pagar as custas do processo, ficando arruinado.

    A inspiração para esta obra nasceu de uma visita de Whistler a um espectáculo de fogo-de-artifício nos Cremorne Gardens, Londres.
    Os espectáculos nocturnos que ocorriam nestes jardins, situados perto da residência de Whistler, inspiraram-no, sendo este um de vários quadros que pintou sobre este tema.
    A ideia de usar na pintura títulos musicais foi uma proposta de Theóphile Gautier (1811-72), crítico de arte e que Whistler adoptou porque se adaptava perfeitamente aos seus intuitos.

    James Whistler executou estes Nocturnos  com o tratamento liso da arte japonesa, em que não havia a preocupação de criar a ilusão de espaço.
    Nunca os pintava no local, fazia-o de memória no seu atelier, porque queria preservar as impressões vividas nos Cremorne Gardens, sem que as cenas fossem descritas com demasiado pormenor. Pretendia que a pintura captasse o drama e a beleza do instante fugaz em que o foguete rebenta no ar e espalha na noite uma chuva de fagulhas.
    Mal se vislumbram, neste ambiente nocturno, os vultos das árvores, de um lago ou mesmo dos espectadores sugeridos no primeiro plano.
    Apesar da pincelada livre, Whistler trabalhava devagar, modificava com muita frequência o que tinha feito. Apagava os erros deixando apenas uma delicada película de tinta transparente. Criou um medium especial formado por goma, terebentina e óleo de linhaça, a que chamava "sumo" e que aplicava em camadas transparentes, depois  limpava-as até obter a imagem final que o satisfizesse.
    Neste quadro usou várias camadas finas para dar a impressão de fumo que ascendia na escuridão, depois gotejou a superfície da tela para transmitir o efeito de fogo-de-artifício.
    No canto inferior direito podemos ver a assinatura de Whistler que tem uma forma invulgar. Muitas vezes adoptou a sua assinatura de modo a formar uma borboleta, não é o caso nesta obra, mas era frequente fazê-lo.

    A arte de James Whistler sugeria uma nova estética e por isso irritou John Ruskin, que acreditava firmemente nas virtudes da pintura pormenorizada e cuidadosa e nas finalidades morais e didácticas da arte.

    Ficando a pergunta: deve a arte ter uma finalidade moral?
     
     

    quarta-feira, 27 de novembro de 2013

    Vieira da Silva


    Paris presta homenagem a Vieira da Silva

    A pintora Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992), que se naturalizou francesa em 1952 e foi galardoada com o Grande Prémio Nacional das Artes, do Governo francês, tem , desde o passado sábado, uma placa com o seu nome na casa onde viveu e trabalhou em Paris, no número 34 da rua de l’Abbé Carton, no XIV bairro da cidade.

    Fonte: Público

    O Testamento de Vieira da Silva

    Eu lego aos meus amigos
    Um azul cerúleo para voar alto.
    Um azul cobalto para a felicidade.
    Um azul ultramarino para estimular o espírito.
    Um vermelhão para o sangue circular alegremente.
    Um verde musgo para apaziguar os nervos.
    Um amarelo ouro: riqueza.
    Um violeta cobalto para o sonho.
    Um garança para deixar ouvir o violoncelo.
    Um amarelo barife: ficção científica e brilho; resplendor.
    Um ocre amarelo para aceitar a terra.
    Um verde veronese para a memória da primavera.
    Um anil para poder afinar o espírito com a tempestade.
    Um laranja para exercitar a visão de um limoeiro ao longe.
    Um amarelo limão para o encanto.
    Um branco puro: pureza.
    Terra de siena natural: a transmutação do ouro.
    Um preto sumptuoso para ver Ticiano.
    Um terra de sombra natural para aceitar melhor a melancolia negra.
    Um terra de siena queimada para o sentimento de duração.

    Vieira da Silva





    Vieira da Silva
    "A cidade suspensa"
    1952
    Óleo sobre tela
    Musée des Beaux-Arts
    Lille, França




    Vieira da Silva
    "A biblioteca em fogo"
    1974
    Óleo sobre tela, 158x178 cm
    Colecção CAM - Fundação Calouste Gulbenkian,
    Lisboa


    quinta-feira, 21 de novembro de 2013



    Pintor Domingos Sequeira abre XI Mostra Portuguesa






    Uma exposição dedicada ao pintor português Domingos António de Sequeira (1768-1837), com 29 obras foi inaugurada no Museu del Romanticismo, em Madrid, abrindo a XI Mostra Portuguesa em Espanha.
    De acordo com o Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) - de cujo acervo são provenientes todas as obras, excepto uma tela, que pertence ao Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto -- o convite surgiu do próprio museu espanhol.
    Intitulada "En el umbral de la modernidad. Domingos Sequeira, un pintor portugués", a exposição foi inaugurada, com a presença de responsáveis do Museu del Romanticismo, do MNAA, e dos secretários de Estado da Cultura dos dois países.
    Foram seleccionadas obras de Domingos Sequeira das primeiras décadas do século XIX, altura em que o seu trabalho se encontrava no "umbral da modernidade", entre o Classicismo e o Romantismo, de um modo similar a Francisco de Goya, seu contemporâneo na cultura espanhola.
    Patente até 02 de fevereiro de 2014, a mostra é organizada pelo Museu del Romanticismo, pelo MNAA, o Ministério da Educação, Cultura e Desporto de Espanha, e a Secretaria de Estado da Cultura de Portugal.
    A exposição insere-se no programa da XI Mostra Portuguesa, festival multidisciplinar organizado pela Embaixada de Portugal em Espanha e pelo Instituto Camões, que decorre durante o mês de novembro, com a apresentação da criação literária, musical, cinematográfica, artes plásticas e gastronomia em várias cidades espanholas.

    Fonte: DN

    terça-feira, 12 de novembro de 2013

    A caminho da abstracção




    Maurice Denis
    "As Musas no bosque sagrado"
    Óleo sobre tela, 171,5x137,5 cm
    1893
    Museu d´Orsay, Paris



    Que nos é dado ver neste quadro?
    Um bosque. Um bosque em tons outonais, frequentado por elegantes senhoras, por entre  árvores majestosas.

    E que intrigante é esta representação, assim como o título do quadro! - "As Musas no bosque sagrado".

    O que à primeira vista nos parece ser um episódio da vida quotidiana, que era comum os impressionistas representar nas suas obras, transforma-se com Maurice Denis numa cena intrigante.
    O que fazem estas elegantes senhoras, em poses afectadas, no seio de um bosque?
    Maurice Denis chama-lhes Musas.

    Este tema da mitologia grega é recorrente em obras de grandes artistas do passado, mas Maurice Denis trata-o de modo a que o observador seja iludido e não se aperceba logo da contradição entre a representação formal e o título.

    As Musas, segundo a mitologia grega, eram divindades, filhas de Zeus e Mnemósine, deusa da memória e viviam junto do Olimpo onde alegravam, com os seus  cânticos e graciosas danças, os banquetes dos deuses ou lamentavam a morte dos heróis nos seus funerais .
    Foi Homero que, na Odisseia, fixou o número das Musas: nove; mas foi Hesíodo que, na Teogonia lhes deu o nome: Calíope deusa da poesia épica, Clio da história, Euterpe da música e da poesia lírica, Erato da poesia lírica coral, Terpsícore da dança e da poesia lírica com dança, Melpômene da tragédia, Tália da comédia, Polímia dos hinos dedicados aos deuses e da pantomina e  finalmente Urânia da astronomia.
    Representadas como raparigas belíssimas, vestindo trajes esvoaçantes e trazendo nas mãos os símbolos dos seus atributos: máscaras da tragédia e da comédia, instrumentos musicais, pergaminho  ou globo.

    Mas as Musas, deste quadro, não são representadas deste  modo tradicional. Não trazem nas mãos os símbolos dos seus atributos, não parecem ser aquelas deusas da mitologia grega. Aparecem vestidas e penteadas de acordo com a moda contemporânea do artista (finais do século XIX).

    E que espanto! Não existem Musas nos nossos dias?
    Claro que sim!
    Não vestem como deusas gregas, não se lhes conhecem os atributos destas divindades, mas são inspiradoras e protectoras.
    O que dizer quando um enamorado proclama à sua amada: És a minha musa! ?
    Ela é real, é contemporânea, é tangível. Ela existe, é inspiradora.

    Voltemos à obra de Maurice Denis.

    Maurice Denis (1870 - 1943) foi um seguidor da escola de Pont-Aven, criada por Paul Gauguin. Farto da turbulência da grande cidade de Paris, Gauguin parte para esta pequena aldeia na Bretanha onde encontrou a espontaneidade, a autenticidade e a ingenuidade que tanto buscava. Aconselhava os outros pintores: "Não imitem demasiado a natureza. A obra de arte é uma abstracção". "O mais importante é a emoção, a comoção da alma; só depois vem a compreensão".

    Em Pont-Aven, outros jovens pintores juntaram-se a Gauguin, como por exemplo: Paul Sérusier e Emile Bernard.

    Paul Sérusier vai liderar, nos finais do século XIX, o grupo dos Nabis (os Profetas), que seguiam os ideais artísticos de Paul Gauguin, concentrando-se na expressão artística e no simbolismo.
    Maurice Denis pertenceu ao grupo dos Nabis.

    Os Nabis pretendiam estar à frente do seu tempo, abrindo novos caminhos à arte.
    Interessavam-se pelo exótico e pela arte oriental.
    No quadro "As Musas" Maurice Denis cria um espaço sem profundidade como nas estampas japonesas.

    Apreciavam a pintura baseada na deformação da realidade.
    Denis, nesta obra, deforma a realidade objectiva através da representação das personagens cristalizadas em poses afectadas, como em alguns jogos infantis, assim como na representação das silhuetas das árvores, que nada têm de natural e do chão, coberto de folhas que mais parece uma carpete.

    Para os Nabis a cor é o elemento fundamental nas suas composições. Utilizam as cores com grande sentido estético. Empregam tons que vão dos cinzas aos verdes, passando pelos castanhos e ocres...
    Nesta tela, Maurice Denis utiliza os castanhos potenciando o sentido decorativo.  As cores outonais, quase feéricas, intensificam o jogo gráfico das linhas e dos entrelaçamentos. A linha é mais decorativa do que nunca realçando as poses e a elegância das personagens femininas. Mas para contrastar e reequilibrar a suavidade dos traços das figuras e das copas das árvores, surgem as linhas verticais dos troncos, dando espessura e volume ao conjunto.
    Maurice Denis obtém o resultado esperado: um quadro elegante, sugerindo uma atmosfera indefinida e misteriosa.

    Os Nabis consideravam a arte como " a maneira subjectiva de expressar as emoções", libertando a pintura da representatividade.
    A partir daqui está aberto o caminho à arte moderna, ao abstraccionismo.


    quarta-feira, 6 de novembro de 2013

    Os trabalhos de Eva Afonso




    Eva Afonso
    "Natureza-morta"
    Óleo sobre tela, 60x40 cm
    2013


    quinta-feira, 19 de setembro de 2013

    A arte do Museu do Prado viaja pela primeira vez para Portugal



    No dia 9 de Setembro foi assinado, em Lisboa, um acordo entre os Museus do Prado (Madrid) e Nacional de Arte Antiga (Lisboa).
    Com este convénio chega a Lisboa, no dia 29 de Novembro, uma mostra de paisagens nórdicas do século XVII, pertencentes ao acervo do Museu do Prado.

    António Pimentel, director do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) , segundo as palavras de Miguel Zugaza, director do Museu do Prado, foi " o verdadeiro impulsionador deste acordo", que além desta exposição temporária , tem também nas suas cláusulas, a realização de programas de intercâmbio e de empréstimo entre os dois museus.




    O Jornal Público, na sua edição de 9/9/2013, noticiou o evento:


    Museu do Prado traz 60 pinturas ao Museu Nacional de Arte Antiga


    Acordo entre os dois museus ibéricos foi assinado esta segunda-feira em Lisboa.





    Tentações de Santo Antão é uma das obras que será emprestada ao museu espanhol Carlos Lopes/Arquivi

     
    Uma exposição com 60 pinturas do Museu do Prado, de Madrid, e o intercâmbio de obras de Bosch e Dürer são alguns dos pontos principais de um protocolo assinado esta segunda-feira com o Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa.
    O acordo foi formalizado pelos directores das duas instituições - António Filipe Pimentel, do museu português, e Miguel Zugaza, do Prado -, no Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), na rua das Janelas Verdes, em Lisboa, com a presença do secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, e da directora-geral do Património Cultural, Isabel Cordeiro.Este acordo inédito, e de renovação automática, salvo algum impedimento de alguma das partes, determina uma série de iniciativas entre os dois museus, incluindo a divulgação e estudo dos respectivos acervos.
    A primeira iniciativa é a inauguração no MNAA, a 29 de Novembro, da exposição temporária Rubens, Brueghel, Lorrain. A Paisagem do Norte no Museu do Prado, primeira mostra composta integralmente por obras do Museu do Prado realizada em Portugal. Comissariada por Teresa Posada Kubissa, conservadora do Museu do Prado, da área de pintura flamenga e Escolas do Norte (até 1700), a exposição viajou por algumas cidades espanholas e chegará à capital portuguesa com um número recorde de obras, segundo o museu.
    Outra das iniciativas acordadas entre os dois museus é o empréstimo, pelo MNAA, do tríptico Tentações de Santo Antão, do pintor holandês Hieronymus Bosch, para a exposição que o museu espanhol dedicará ao artista em 2016.
    Nesse ano, em que se assinalam os 500 anos da morte de Bosch, o Museu do Prado, que possui o Jardim das delícias terrenas na sua colecção, vai receber um número jamais reunido de obras do mestre holandês.
    Na mesma altura, e no quadro do intercâmbio assinado, o MNAA receberá o auto-retrato do pintor Albrecht Dürer, pintado em 1498, considerada uma das mais emblemáticas obras do Museu do Prado, e raramente exposta fora de Espanha.
    Também o tríptico de Bosch, Tentações de Santo Antão, o único que contém a assinatura do artista reconhecível, raramente saiu do MNAA, segundo disse o director do museu à Lusa, a última em 1992, para uma mostra nos Estados Unidos da América.
    O acordo hoje assinado entre os dois museus ibéricos, insere-se na nova estratégia programática do MNAA, que engloba “a internacionalização do seu acervo e a cada vez mais assídua colaboração com museus estrangeiros de renome”, segundo o director.
    Criado em 1884, o MNAA acolhe a mais relevante colecção pública de arte antiga do país, desde pintura, escultura, artes decorativas portuguesas, europeias e da Expansão Marítima Portuguesa, desde a Idade Média até ao século XIX, incluindo o maior número de obras classificadas como tesouros nacionais.
    Além dos Painéis de São Vicente, de Nuno Gonçalves, o acervo integra ainda, entre outros tesouros, a Custódia de Belém, de Gil Vicente, mandada lavrar por D. Manuel I e datada de 1506, os Biombos Namban, do final do século XVI, que registam a presença dos portugueses no Japão.
    Piero della Francesa, Hans Holbein, o Velho, Pieter Bruegel, o jovem, Lucas Cranach, Albrecht Dürer, Jan Steen, Velásquez, van Dyck, Murillo, Ribera, Nicolas Poussin, Tiepolo são alguns dos mestres europeus representados na colecção do MNAA.
    Quanto ao Museu do Prado, fundado em 1819 pelo rei Fernando VII, possui uma colecção de pintura desde o século XII até princípios do século XX e inclui os maiores acervos dos pintores Velásquez, Goya e Rubens, reunidos numa única instituição.
    O seu acervo integra muitas das obras primas da pintura europeia, como a Anunciação,de Fra Angelico A Descida da Cruz, de Van der Weyden, O Jardim das Delícias, de Bosch, e David vencendo Golias, de Caravaggio.
    O Prado acolhe também colecções de escultura antiga, artes decorativas, desenho, gravura e fotografia, com destaque para o maior conjunto do mundo de obras em papel da autoria de Goya. *

    Fonte:  * Jornal "Público"

    domingo, 15 de setembro de 2013

    Sabia que ...


    Existem:

    25 mil imagens de obras de arte em alta resolução para download gratuito



     
    Claude Monet
    Banks of the Seine, Vétheuil

     
    A National Gallery of Art (Galeria de Arte Nacional), localizada em Washington, Estados Unidos, em parceria com a fundação Samuel H. Kress, disponibilizou para download gratuito 25 mil imagens de obras de arte em alta resolução. As imagens estão divididas por categorias ou podem ser consultadas por  meio da busca pelo nome do autor ou título da obra.*
    Para mais informações


    * Informação retirada do site www.pportodosmuseus.pt

     

    quarta-feira, 11 de setembro de 2013

    Museu Van Gogh



    Museu Van Gogh revela quadro desconhecido



    Vincent Van Gogh 
    "Pôr do Sol em Montmajour"
    1888
     
    O Museu Van Gogh de Amesterdão revelou um quadro desconhecido do mestre holandês, pintado no apogeu da sua arte
     mas esquecido no sótão de um colecionador privado que sempre acreditou tratar-se de uma cópia.
    Óleo sobre tela datado de 1888, ‘Pôr do Sol em Montmajour’ foi hoje revelado ao público pela primeira vez pelo diretor
    do museu Van Goh, Axel Rueger.
    O quadro mostra uma paisagem de carvalhos nos arredores da cidade francesa de Arles. Esta descoberta é “um
    acontecimento único na história do Museu Van Gogh”, afirmou Rueger, citado pela AFP.
    Comprada em 1908 por um colecionador privado, a obra passou vários anos no seu sótão, com o proprietário convencido
    de que se tratava de uma cópia.
    Agora, peritos em Van Gogh autenticaram o quadro, comparando a técnica usada com a do pintor. Além disso, o próprio
    Van Gogh descreve o seu quadro numa carta datada de 4 de julho de 1888.
    ‘Pôr do Sol em Montmajour’ estará exposta ao público a partir de 24 de setembro e durante um ano no Museu Van Gogh.
    Totalmente renovado, este espera receber 1,2 milhões de visitantes no próximo ano.

    Fonte: DN

     

    segunda-feira, 9 de setembro de 2013

    Os trabalhos de Eva Afonso




    Eva Afonso
    "A espera"
    2013
    Óleo sobre tela, 61x46 cm



    Pormenor do óleo - "A espera"

    sábado, 7 de setembro de 2013

    Georges Seurat - "Um Domingo na La Grande Jatte"


    Na pesquisa que fui fazendo para elaborar o post anterior, encontrei um video, no YouTube sobre Georges Seurat e a sua obra manifesto: "Um domingo à tarde na La Grande Jatte", que achei interessante e, por isso, decidi  partilhá-lo.

    Aqui fica:

    quinta-feira, 5 de setembro de 2013

    O triunfo do ponto sobre a linha


    Estamos quase no final do Verão, mas os dias continuam longos e quentes ... e as praias persistem no apelo a muitos veraneantes. E lá estão elas repletas de corpos bronzeados, estendidos sobre os areais, exalando, à distância, os odores dos protectores solares.
    Há estudos científicos, não me perguntem quais, que comprovam que o Sol tem efeitos eufóricos sobre o metabolismo humano. Em dias soalheiros ficamos mais satisfeitos e descontraídos.
    Venero o Sol!
    Deprimo quando ele se esconde atrás de um espesso cortinado de nevoeiro. Sei que está lá, mas quero vê-lo.
    Sou uma adoradora do Sol!
    Heródoto ( historiador grego) afirmou que "Os egípcios são de todos os homens os mais religiosos".
    Se eu fosse seguidora da religião do antigo Egipto, seria também de todas as mulheres a mais religiosa.
    E da imensa diversidade dos deuses egípcios, o meu eleito seria, sem dúvida, Râ, o Sol em todo o seu esplendor.
    Pronto, está dito, gosto do Sol!
    Gosto das praias ao final do dia, quando se esvaziam e ficam apenas os adoradores do Sol. Gosto quando, na maré-vaza, o mar recua devagar cobrindo a areia e as rochas com rendas de espuma adornadas de cristais de sal brilhando ao Sol.
    É na época estival que se concentra a maioria dos períodos de descanso... e que gostoso é estendermo-nos ao Sol à beira-mar ou à beira-rio ...

    Hoje captamos muitos desses momentos através das nossas máquinas fotográficas ou de uma panóplia tecnológica, o pintor Georges-Pierre Seurat (1859-1891) registou-os com o pincel, usando uma técnica que podemos considerar percursora da imagem digital.


    Georges Seurat
    "O Banho em Asnières"
    1883-1884
    Óleo sobre tela, 200x300 cm
    National Gallery, Londres



    Georges Seurat
    "Um Domingo à tarde na ilha La Grande Jatte"
    1885
    Óleo sobre tela, 206x306 cm
    The Art Institute of Chicago

    Os quadros "O banho em Asnières" e "Um domingo à tarde na ilha La Grande Jatte" são o retrato de momentos em que os parisienses fruíam o descanso à beira do rio Sena.
    Quer Asnières, quer La Grande Jatte eram locais para onde os parisienses acorriam, nos finais do século XIX, nos dias de Verão para passearem de barco, banharem-se nas águas do Sena ou estenderem-se nas suas margens ao Sol.

    Seurat foi o criador do movimento pontilhista, também denominado divisionista.
    A partir do estudo dos tratados científicos sobre a cor e a percepção visual, criou um estilo pictórico pessoal que consistia na divisão das pinceladas, ordenadas na tela em pequenos toques regulares de cores puras. Cabia ao olhar do observador efectuar a síntese final.
    Cientificamente já tinha sido demonstrado que na retina, a imagem captada aparece sob a forma de uma multitude de pontos minúsculos que a mente depois associa uns aos outros.
    Seurat executa os seus quadros a partir de uma profusão de pequenos pontos precisos que, quando vistos no seu conjunto, mostram a forma pictórica com um efeito semelhante ao granulado da ampliação fotográfica.



    quinta-feira, 11 de julho de 2013

    Sabia que ...



    Sabia que o quadro "A Liberdade conduzindo o Povo" de Eugène Delacroix foi vandalizado em Fevereiro último?

    O Museu do Louvre (Paris) inaugurou em Lens, no norte de França, uma extensão, a 4 de Dezembro de 2012. Para esse evento fez deslocar para Lens algumas das suas obras-primas; o quadro "A Liberdade conduzindo o Povo" fazia parte desse lote.
    Mas, sem nada o prever, uma visitante, quase à hora do fecho do Museu, escreveu a marcador preto uma inscrição, num canto inferior do quadro : "AE 911".

    Como devem calcular o pânico instalou-se, temendo-se os estragos provocados.

    A obra foi analisada por peritos e verificou-se que a inscrição era superficial, ao nível do verniz, e que seria facilmente apagada, o que veio a acontecer.
    A tela depois de restaurada permaneceu em exposição, ao contrário do que inicialmente se pensou.

    Tudo está bem, quando acaba bem ...




    segunda-feira, 8 de julho de 2013

    Observando um Quadro ... de Eugène Delacroix - nº 25


    O quadro de Eugène Delacroix "A Liberdade conduzindo o Povo" comemora a sublevação dos Três Dias Gloriosos de Julho de 1830.
    E foi utilizado como panfleto político de apoio ao levantamento dos Parisienses contra o regime tirânico de Carlos X.
    Ele marca o momento em que o Romantismo abandonou os temas clássicos e iniciou uma nova temática procurada na vida contemporânea. O próprio Delacroix escreveu ao irmão: "Construí um tema moderno, uma barricada ... Já que não lutei, nem conquistei nada pela pátria, posso, ao menos, pintar por ela!"




     
    Eugène Delacroix
    "A Liberdade conduzindo o Povo"
    1830
    Óleo sobre tela, 260x325 cm
    Paris, Musée du Louvre


    Delacroix representou, neste quadro os diferentes grupos de combatentes que apoiaram a revolução de 1830, através dos seus chapéus - cartolas, boinas, gorros de pano ...
    O próprio pintor apoiou os insurrectos e representou-se como o homem da cartola que caminha à frente dos combatentes.

    Nesta representação não há um cabecilha, é a própria Liberdade que avança guiando o povo.
    A figura central  do quadro é a Liberdade, representada de uma forma muito sensual e palpável. Figura de seios nus, com uma espingarda, munida de baioneta, na mão esquerda  e a bandeira tricolor na direita, tendo na cabeça uma boina frígia, símbolo da Liberdade, durante a Revolução Francesa.

    Delacroix escolheu a mulher para transportar a bandeira republicana e tricolor. Esta escolha não foi inocente, quis exaltar a mulher que abandonou o lar para abraçar uma grande causa - a libertação do povo.
    Esta mulher de seios desnudados pode ser vista como uma mulher do povo, de saia suja e pêlos nas axilas que avança sobre um tapete de cadáveres.
    Aos pés da Liberdade jaz um cidadão ferido mortalmente que se esforça, num último alento, por olhá-la. Delacroix utiliza, no vestuário deste cidadão moribundo, as cores da bandeira, levando-nos a vê-lo como um patriota.
    A bandeira tricolor pode ainda ser vista, ao fundo, esvoaçando nas torres da catedral de Notre Dame.

    Se Delacroix se pintou a si próprio à direita da Liberdade, à esquerda pintou o jovem patriota, Arcole, que morreu em combate, perto do Hotel de Ville.
    Este herói popular foi também imortalizado por Victor Hugo na personagem de Gravoche na sua obra "Os Miseráveis".

    A composição deste quadro é clássica - em pirâmide - em que a Liberdade ocupa o vértice.
    As arestas da pirâmide são formadas pelas armas empunhadas pelas diferentes personagens. De um lado várias linhas diagonais são criadas pelo homem da cartola e pelo operário, que caminham determinados, assim como pelo moribundo que, arqueando o corpo, ergue a cabeça em direcção à Liberdade. Do outro, o jovem adolescente, Arcole, cheio de entusiasmo e voluntarismo  ao empunhar as armas, forma uma linha diagonal com a baioneta transportada pela Liberdade, dando grande dinamismo a toda a composição.



    terça-feira, 2 de julho de 2013

    A Liberdade guiando o Povo


    Era domingo, 12 de Julho de 1789, quando Camille Desmoulins, saltando para cima da mesa de um café, situado na margem esquerda do Sena, falou às massas populares.
    Necker, Director-geral das Finanças, dizia o orador, tinha sido despedido pelo rei, o que representava, segundo Desmoulins, uma bofetada no povo e era muito mau agoiro. Ficava claro que a corte queria mudar a política e reprimir o povo, recorrendo à força. Camille Desmoulins exortava o povo  a tomar a Bastilha!
    Esta construção do século XIV, de grossas muralhas, com oito torres redondas, fossos e pontes levadiças, era para o povo francês o símbolo do Antigo Regime, dos privilégios feudais e do poder absoluto.
    Ecoando nos ouvidos de artífices, operários e desempregados, as palavras de Camille Desmoulins fizeram uma multidão furiosa avançar rumo à Bastilha para se apoderar das armas!
    Após uma luta violenta, o povo entrou em massa nesta fortaleza, demolindo-a pedra a pedra, em 14 de Julho de 1789. Foi neste dia que o povo francês tomou o seu destino nas mãos, enquanto o seu rei, Luis XVI, escrevia uma única palavra no seu diário íntimo para resumir o dia: "Nada."


    Mas apesar de "Nada" ter acontecido para o rei, o regime senhorial foi abolido. A partir desse dia as classes privilegiadas não gozariam mais de imunidade fiscal e todos os cidadãos se tornariam iguais perante a lei.

    Os Três Dias Gloriosos:
    Tal como Luis XVI, também Carlos X poderia ter escrito no seu diário: "Nada" como resumo dos dias 27, 28 e 29 de Julho de 1830, quando o povo de Paris liderado pela burguesia liberal fez uma série de levantamentos que levaram à sua abdicação.
    Mas "Nada" era tudo!
    Pois foram estes acontecimentos que levaram ao alastramento de uma série de movimentos revolucionários por toda a Europa ...

    Após a ascensão e queda de Napoleão, as grandes potências europeias, no Congresso de Viena de 1815, fizeram regressar os Bourbons ao poder em França.
    Foi um desses Bourbons, Carlos X, que tudo fez para se opôr aos ideais da Revolução Francesa de 1789,  fomentando medidas que restaurassem o absolutismo do Antigo Regime. E, em Julho de 1830, através das Ordenanças, dissolveu o Parlamento, retirando o cargo a todos os deputados eleitos, tentou recuperar todos os privilégios perdidos e promoveu a supressão da liberdade de imprensa.
    Estas medidas desencadearam um novo período revolucionário - Os Três Dias Gloriosos (Les Trois Glorieuses).
    Durante esses três dias levantaram-se, na capital francesa, as massas populares, generalizou-se a luta civil e afastaram o rei Carlos X, que partiu para o exílio.

    Foi este clima revolucionário que Victor Hugo espelhou na sua obra "Os Miseráveis".


     


    Esta época fervilhante e revolucionária fez vir à tona um movimento pictórico - o Romantismo - em que dominava a espontaneidade e a revolta, contra a frieza e a razão do neoclassicismo.
    O poeta Baudelaire, em 1846, escreveu: " Quem diz Romantismo diz arte moderna, isto é, intimidade, espiritualidade, cor, ânsia de infinito, expressos por todos os meios próprios da arte".

    Eugène Delacroix foi, em França, o chefe do movimento romântico na pintura.
    Estudou na Escola de Belas-Artes, onde recebeu uma boa educação clássica, mas o seu interesse não ia nem para o classicismo, nem para o academismo. A sua obsessão fixava-se nos momentos de suprema emoção que revelam a parte do homem que está oculta pelas convenções estéticas e sociais.


    Uma das telas que melhor retrata o espírito revolucionário dos "Três Dias Gloriosos"  é o quadro "A Liberdade conduzindo o Povo".



    Eugène Delacroix
    "A Liberdade conduzindo o Povo"
    1830
    Óleo sobre tela, 260x325 cm
    Museu do Louvre, Paris


    sábado, 22 de junho de 2013

    Os trabalhos de Eva Afonso





    Eva Afonso
    "As Máscaras"
    2013
    Óleo sobre tela, 73x54 cm

    sábado, 15 de junho de 2013

    Desafios ... Resposta - Henri de Toulouse-Lautrec


    Resposta ao Desafio :
    Pintor - Henri de Toulouse-Lautrec



    Henri de Toulouse-Lautrec
    "A Cama"
    c. 1892
    Óleo sobre cartão, 54x70,5 cm
    Museu d´Orsay , Paris



    Toulouse Lautrec utilizou o pincel como uma câmara, retratou o que viu, sem ser um "voyeur".  Não há maldade nas suas abordagens, é franco e sincero no que retrata.

    Este homem, nascido no seio de uma família aristocrática e bem instalada na sociedade francesa, sofreu de osteogénese imperfeita, o que limitou o seu crescimento, ficando a medir cerca de metro e meio.   A certa altura da sua vida, este pequeno homem, de pé boto e figura pouco viril começou a deambular, de noite, pelas ruas e casas de passe à procura de um bom ângulo que a sua "câmara-pincel" pudesse captar.

    Os bordéis foram uma fonte inesgotável de temas para Toulouse Lautrec.
    Chegou a ser hóspede a tempo inteiro de algumas casas de passe. Conheceu os hábitos das pensionistas, movendo-se entre elas como um verdadeiro fotógrafo ou realizador de cinema. Vive entre as raparigas, assiste aos seus momentos de intimidade: quando se vestem ou despem, se lavam ou olham ao espelho. Surpreende-as no sono de manhã, ainda com os rostos sem "maquilhagem"

    Estas raparigas são modelo e tema para a sua pintura, chegando a afirmar: " O modelo é sempre empalhado, elas sim, vivem. Eu não ousaria dar-lhes os cem sous da pose, e, no entanto, Deus sabe que elas os valem.
    Elas estiram-se nos canapés como animais... são tão pouco pretenciosas, pois !"

    Entre 1891 e 1895 pinta vários temas relacionados com a vida nas casas de passe. No final de 1892 recebeu uma encomenda para decorar as paredes do salão da casa da rue Ambroise. Realizou 16 painéis, que são 16 medalhões ovais em estilo rococó, com flores, folhagem, grinaldas e com os retratos das meninas mais célebres da casa.
    Enquanto projectava este trabalho, estudou as regras e hábitos das raparigas. Durante este período pode analisar a força dos laços afectivos que uniam algumas prostitutas. Retratou essas relações sem nunca as expor ao "voyeurismo"
    O quadro "A cama" testemunha momentos da vida quotidiana de duas prostitutas com cabelo curto, que na época era um sinal de costumes repreensíveis.
    Toulouse Lautrec captou a verdade de um momento, através de um "instântaneo" desarmante.




    Outras obras, deste período, relacionadas com o mesmo tema:




    "O Beijo"
    1892
    Óleo sobre cartão, 60x80 cm
    Colecção Particular
    Paris




    "O Beijo"
    1892
    Óleo sobre cartão
    Museu d`Orsay, Paris


    "Na Cama"
    1893
    Óleo sobre cartão, 54x34 cm
    Stiftung Sammlung
    E.G. Buhrle
    Zurique




    "O Sofá"
    c. 1894/95
    Óleo sobre cartão, 63x81 cm
    The Metropolitan Museum of Art
    Nova Iorque




    "As Duas Amigas"
    c. 1894/95
    Óleo sobre cartão. 64,5x84 cm
    Stiftung Sammlung
    E.G. Buhrle
    Zurique




    "As Duas Amigas" (O abandono)
    1895
    Óleo sobre cartão, 45,5x67,5 cm
    Colecção Particular
    Suiça

    terça-feira, 11 de junho de 2013

    Desafio ...



    Os pintores têm destas coisas, encontram em qualquer "instantâneo" da vida quotidiana um bom tema para pintarem.

    Desafio-os a identificarem o autor deste quadro.





    Fico à espera.   Arrisquem ...

    Boas respostas!

    sexta-feira, 7 de junho de 2013

    Museu Picasso - Barcelona



    Visitar o Museu Picasso, em Barcelona, é "viajar" pela obra deste  genial pintor



    quarta-feira, 5 de junho de 2013

    A não perder ... Auto-Retratos de Picasso - no Museu Picasso, Barcelona



    O Museu Picasso, em Barcelona, para comemorar o seu quinquagésimo aniversário, realiza de 31 de Maio a 1 de Setembro a primeira grande exposição monográfica sobre o auto-retrato de Picasso.
    Este tema abarca na obra de Picasso mais de setenta anos, que vão desde a sua infância até pouco antes da sua morte. Pablo Picasso começou a cultivar este género artístico ainda nos anos da sua formação e desde aí adoptou um método muito pessoal de se retratar. Já nos seus  primeiros auto-retratos iludiu o sentido imitativo próprio deste género artístico, prescindindo da sua própria fisionomia.

    Picasso com o auto-retrato pretendeu atingir diversos objectivos: nuns deixar testemunho de feitos biográficos, noutros projectar pensamentos, preocupações ou divertimentos e, em quase todos usar o seu próprio rosto como laboratório das mais diversas experiências formais.

    A partir de 1906 Picasso interessou-se pela arte primitiva especialmente a ibérica. Foi este interesse pela arte primitiva que o fez abrir caminho para a simplificação das formas e a transformação dos rostos em máscaras, por isso este ano é fundamental na auto-representação picassiana.


     

    Pablo Picasso
    "Auto-retrato com paleta"
    1906
    Óleo sobre tela, 92x73cm
    Philadelphia Museum of Art, Colecção Albert E. Gallatin

    Neste quadro, Picasso representa-se através de formas muito rudimentares, num fundo cinza-azulado. O único elemento convencional, neste auto-retrato, é a paleta que segura na mão esquerda. Este foi o único quadro em que Picasso utilizou este atributo dos pintores.
    Auto-representa-se com uma camisa branca, sem colarinho, metida no cós das calças, numa atitude muito pouco convencional, contrariando as normas de vestir e posar usada  pelos seus antecessores. 

    Colocado quase de frente para o observador, Picasso parece, no entanto, evitar o contacto visual com este. Num rosto estilizado em forma oval sobressaem uns olhos amendoados, parados, como se usasse uma máscara, fixando o olhar para lá do observador.
     Picasso, durante as suas viagens, ficou fascinado com as esculturas em madeira, africanas e oceânicas e com as figuras de culto da Ibéria antiga, decidindo regressar a esse estado natural do espírito.
    Neste quadro de 1906, tentou dar os primeiros passos nesta via, usando o seu próprio rosto.


    Esta é uma exposição a não perder ...

    sábado, 25 de maio de 2013

    Os trabalhos de Eva Afonso





    Eva Afonso
    "Torre do Relógio" - Sintra
    2013
    Óleo sobre tela, 50x70 cm

    sexta-feira, 17 de maio de 2013

    Os trabalhos de Eva Afonso




     
    Reprodução do quadro
    "Forest Blue-bells" de V. K. JoltoK
     
    
    Executada por Eva Afonso
    2013
    Óleo sobre tela, 46x61 cm
     

    sábado, 20 de abril de 2013

    Exposição de Pintura de Eva Afonso




    Exposição de pintura no átrio do Hospital Rainha Santa Isabel, em Torres Novas.

    Acabei de chegar de Torres Novas!
    Esteve um dia lindo, depois deste Inverno prolongado já não era sem tempo, mas nada de queixumes que nisto da natureza mandamos pouco, a não ser quando a estragamos.
    Fui inaugurar uma exposição dos meus trabalhos, tirei algumas fotografias que não me saíram muito bem, mas dão para vos mostrar o espaço, que por sinal é muito simpático e alguns dos trabalhos.

     Se passarem por Torres Novas ficam convidados para visitar esta minha exposição, que vai estar patente até dia 4 de Maio.













    segunda-feira, 15 de abril de 2013

    Os trabalhos de Eva Afonso






    Eva Afonso
    "Entardecer"
    2012
    Óleo sobre tela , 46x61 cm


    terça-feira, 9 de abril de 2013

    Joan Miró


    Joan Miró
    "O Carnaval de Arlequim"
    1924-25
    Óleo sobre tela, 66x93 cm
    Albright-Knox Art Gallery,
    Buffalo (Nova Iorque)


    Joan Miró
    "Bailarina"
    1925
    Óleo sobre tela, 115,5x88,5 cm
    Colecção Rosengart, Lucerna


    Joan Miró
    " Cão ladrando à Lua"
    1926
    Óleo sobre tela, 73x92 cm
    Philadelphia Museum of Art, Filadélfia


    Joan Miró
    "Personagem atirando uma pedra a um pássaro"
    1926
    Óleo sobre tela, 73x92 cm
    The Museum of Modern Art, Nova Iorque


    Joan Miró
    "O sorriso das asas flamejantes"
    1953
    Óleo sobre tela, 33x46 cm
    Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía, Madrid


    Joan Miró
    "O Ouro do Azul"
    1967
    Óleo sobre tela, 205x173 cm
    Fundação Joan Miró, Barcelona



    "Se há alguma coisa divertida na minha pintura é algo que não procurei conscientemente.
    Este humor vem da necessidade de fugir ao lado trágico do meu temperamento.
    É uma reacção involuntária"
                                                                             Miró

    quinta-feira, 4 de abril de 2013

    A não perder ... uma visita ao Rijksmuseum em Amesterdão



    No próximo dia 13 de Abril vai reabrir o famoso Rijksmuseum de Amesterdão, após uma década de obras de remodelação e restauro.






    Atrás da fachada antiga vai poder visitar quatro andares completamente remodelados, com muitas salas, cerca de 80, com mais luz, vários ateliers de restauro, um maravilhoso jardim e um pavilhão dedicado à arte asiática.
    Nele vai poder observar cerca de oito mil obras que mostram a história da Holanda desde a Idade Média à actualidade.
    Numa galeria central vão estar expostas obras de grandes pintores como Vermeer, Frans Hals, Jan Steen , Rembrandt  ...

    Que maravilha!!

    
    
    
    Rembrandt
    "A Ronda da Noite"
    1640-42



    Vermeer
    "Mulher de Azul lendo uma carta"
    c. 1662-64
     


    Van Gogh
    "Auto-retrato com chapéu de feltro cinzento"
    1886-87
    


    No jardim vão decorrer, durante o Verão,  exposições de escultura. Este ano foram escolhidas para expor a partir de 21 de junho, obras de Henry Moore.

    Mas a cereja no topo do bolo para os amantes de Arte é o  Museu Virtual: com um acervo de 125 mil obras do Rijksmuseum que esta instituição vai pôr gratuitamente na internet. Podem ser descarregadas, imprimidas, copiadas, utilizadas em diversas funções.
    Tudo isto é possível fazer a partir do site: https:/www.rijksmuseum.nl/en/rijksstudio .