No passado dia 1 de Março completaram-se dois séculos sobre o nascimento daquele que foi um dos mais célebres pianistas do século XIX e um dos maiores compositores de música para piano: Frederic Chopin (1810-1849).
E por que falo hoje de um músico, se sempre me tenho dedicado aos pintores?
Porque encontrei um retrato deste fabuloso pianista executado por Delacroix (1798-1863) e também porque gostaria de assinalar o bicentenário do seu nascimento.
Não conheço melhor síntese sobre a universalidade da música de Chopin do que a de Arthur Rubinstein:
"Chopin fez uma revolução na música tradicional para piano e criou uma nova arte do teclado.(...) A sua música conquista as mais distintas audiências. Quando as primeiras notas de Chopin soam por entre o salão de concerto, há um feliz suspiro de reconhecimento. (...) No entanto, não é uma música romântica, no sentido byroniano. Não conta histórias ou quadros pintados. É expressiva e pessoal, mas ainda assim uma arte pura (...). A sua música é a linguagem universal da comunicação humana.
Quando toco Chopin sei que falo directamente para o coração das pessoas."
Chopin nasceu na Polónia, mas deixou-a aos vinte anos, indo viver para Paris.
É nesta cidade que conheceu e fez amizade com Delacroix.
Este pintor disse deste seu amigo: " Tenho conversas a perder de vista com Chopin, de quem sou muito amigo, é um homem com uma qualidade rara: é o artista mais verdadeiro que eu encontrei. É daqueles, em pequeno número, que se podem admirar e estimar."
Deixo-vos o retrato de Chopin executado por Delacroix ... dois príncipes do romantismo.
Eugène Delacroix
"Retrato de Chopin"
Óleo sobre tela
1838
Museu do Louvre - Paris
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