sexta-feira, 27 de maio de 2011
quarta-feira, 18 de maio de 2011
A não perder ... Exposição "Arte Portuguesa do Século XIX (1850-1910)" no Museu do Chiado
Uma boa sugestão de fim de semana será, certamente, uma ida ao museu.
Há sempre algo a descobrir e ainda mais quando este apresenta uma exposição com obras de grande qualidade.
Neste post quero assinalar uma exposição a não perder no Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado (Lisboa) intitulada: "Arte Portuguesa do Século XIX (1850-1910)" e que termina já no próximo dia 12 de Junho!
Vista da Exposição
Galeria 1 - Piso 2A
Fotos Luís Piorro
Esta é a primeira de três exposições que vão decorrer no Museu do Chiado, para comemorar o seu Centenário.
Estes três momentos expositivos (1850-1910; 1910-1960; 1960-2011) abarcam toda a história da pintura portuguesa desde 1850 até aos nossos dias.
A 1ª exposição (1850-1910) é constituída por seis núcleos temáticos e mostra, através de 100 obras de grandes pintores deste período, como Alfredo Keil, José Malhoa, Silva Porto, Columbano Bordalo Pinheiro ou Soares dos Reis..., o núcleo fundador da colecção deste Museu.
João Cristino da Silva (1829-1877)
"Cinco artistas em Sintra"
Óleo sobre tela
1855
João Marques de Oliveira (1853-1927)
"Praia de Banhos, Póvoa de Varzim"
Óleo sobre tela
1884
António Silva Porto (1850-1893)
"Volta do mercado"
Óleo sobre tela
1886
José Malhoa (1855-1933)
"Clara"
Óleo sobre tela
1903
Esta é uma Exposição a não perder ...
Há sempre algo a descobrir e ainda mais quando este apresenta uma exposição com obras de grande qualidade.
Neste post quero assinalar uma exposição a não perder no Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado (Lisboa) intitulada: "Arte Portuguesa do Século XIX (1850-1910)" e que termina já no próximo dia 12 de Junho!
Vista da Exposição
Galeria 1 - Piso 2A
Fotos Luís Piorro
Esta é a primeira de três exposições que vão decorrer no Museu do Chiado, para comemorar o seu Centenário.
Estes três momentos expositivos (1850-1910; 1910-1960; 1960-2011) abarcam toda a história da pintura portuguesa desde 1850 até aos nossos dias.
A 1ª exposição (1850-1910) é constituída por seis núcleos temáticos e mostra, através de 100 obras de grandes pintores deste período, como Alfredo Keil, José Malhoa, Silva Porto, Columbano Bordalo Pinheiro ou Soares dos Reis..., o núcleo fundador da colecção deste Museu.
João Cristino da Silva (1829-1877)
"Cinco artistas em Sintra"
Óleo sobre tela
1855
João Marques de Oliveira (1853-1927)
"Praia de Banhos, Póvoa de Varzim"
Óleo sobre tela
1884
António Silva Porto (1850-1893)
"Volta do mercado"
Óleo sobre tela
1886
José Malhoa (1855-1933)
"Clara"
Óleo sobre tela
1903
Esta é uma Exposição a não perder ...
terça-feira, 10 de maio de 2011
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Observando um quadro ... de Giotto - nº 15
Giotto foi o pintor que abriu um novo capítulo na história da pintura.
Foi ele que rompeu com a tradição medieval, que consistia numa ordenação pictórica bidimensional e orientada segundo uma perspectiva hierárquica.
"Giotto cria uma pintura totalmente moderna, caracterizada por um forte pathos emotivo, de formas narrativas épicas e extremamente coerentes, por tons reais e profundamente humanos". *
Giotto di Bondone
"A Deposição de Cristo" ou "Lamentação pela Morte de Cristo"
(Pormenor do ciclo Cenas da Vida da Virgem e de Jesus)
Fresco - 200x185cm
Capella degli Scrovegni - Pádua
1303-1306
No quadro "A Lamentação pela Morte de Cristo"
podemos verificar que as figuras nele representadas já não são estereótipos pintados de acordo com o padrão tradicional, mas são apresentadas como seres com sentimentos, em pranto e luto frente ao corpo inerte de Cristo.
Todas as figuras que rodeiam Cristo mostram expressões de dor e gestos de grande sofrimento.
O ponto de entrada na composição é-nos dado por duas mulheres sentadas, cobertas por grandes capas, viradas de costas para nós.
Há um grande recolhimento nestas figuras, que colocadas na posição do observador, quase nos permite, pelo menos mentalmente, tocar no corpo de Cristo.
Também a figura de S. João mostra muito sofrimento.
Representado com os braços lançados para trás numa atitude profundamente dramática e com a boca meia aberta como que soltando um grito de dor.
Neste quadro, Giotto conseguiu dar novas formas à expressão da dor.
Até os anjos estão "humanizados"
e mostram sentimentos, chorando e esvoaçando desordenadamente, enchendo o céu de pranto.
Giotto inovou, não só na representação da expressão da dor como também na do mundo divino, que na tradição medieval era apresentado como uma esfera do além, em que toda a grandeza e perfeição eram dadas pela utilização de um fundo dourado.
Giotto substituiu esse fundo dourado por uma paisagem, transformando a superfície em espaço, em "espaço narrativo" como lhe chamou Wolfgang Kemp.
Na "Lamentação pela Morte de Cristo", criou uma paisagem através de uma linha de colinas ao fundo, rematada por uma árvore morta.
Giotto, neste quadro, numa forma muito original de compor esta passagem da morte de Cristo, usa o declive da rocha para descrever uma diagonal descendente que leva o olhar do observador até ao cadáver de Cristo, no canto inferior esquerdo, nos braços da Virgem Maria.
Há neste quadro um profundo luto.
* "Guia de História de Arte" - dirigido por Sandro Sproccati - Editorial Presença, 2009
Foi ele que rompeu com a tradição medieval, que consistia numa ordenação pictórica bidimensional e orientada segundo uma perspectiva hierárquica.
"Giotto cria uma pintura totalmente moderna, caracterizada por um forte pathos emotivo, de formas narrativas épicas e extremamente coerentes, por tons reais e profundamente humanos". *
Giotto di Bondone
"A Deposição de Cristo" ou "Lamentação pela Morte de Cristo"
(Pormenor do ciclo Cenas da Vida da Virgem e de Jesus)
Fresco - 200x185cm
Capella degli Scrovegni - Pádua
1303-1306
No quadro "A Lamentação pela Morte de Cristo"
podemos verificar que as figuras nele representadas já não são estereótipos pintados de acordo com o padrão tradicional, mas são apresentadas como seres com sentimentos, em pranto e luto frente ao corpo inerte de Cristo.
Todas as figuras que rodeiam Cristo mostram expressões de dor e gestos de grande sofrimento.
O ponto de entrada na composição é-nos dado por duas mulheres sentadas, cobertas por grandes capas, viradas de costas para nós.
Há um grande recolhimento nestas figuras, que colocadas na posição do observador, quase nos permite, pelo menos mentalmente, tocar no corpo de Cristo.
Também a figura de S. João mostra muito sofrimento.
Representado com os braços lançados para trás numa atitude profundamente dramática e com a boca meia aberta como que soltando um grito de dor.
Neste quadro, Giotto conseguiu dar novas formas à expressão da dor.
Até os anjos estão "humanizados"
e mostram sentimentos, chorando e esvoaçando desordenadamente, enchendo o céu de pranto.
Giotto inovou, não só na representação da expressão da dor como também na do mundo divino, que na tradição medieval era apresentado como uma esfera do além, em que toda a grandeza e perfeição eram dadas pela utilização de um fundo dourado.
Giotto substituiu esse fundo dourado por uma paisagem, transformando a superfície em espaço, em "espaço narrativo" como lhe chamou Wolfgang Kemp.
Na "Lamentação pela Morte de Cristo", criou uma paisagem através de uma linha de colinas ao fundo, rematada por uma árvore morta.
Giotto, neste quadro, numa forma muito original de compor esta passagem da morte de Cristo, usa o declive da rocha para descrever uma diagonal descendente que leva o olhar do observador até ao cadáver de Cristo, no canto inferior esquerdo, nos braços da Virgem Maria.
Há neste quadro um profundo luto.
* "Guia de História de Arte" - dirigido por Sandro Sproccati - Editorial Presença, 2009