segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Observando um Quadro ... de Magritte ... nº 10
René Magritte
"O Império das Luzes"
Óleo sobre tela - 146x114cm
1954
Musées Royaux des Beaux-Arts de Belgique, Bruxelas
Ao lançarmos um breve olhar sobre a tela "O Império das Luzes" de René Magritte, não descortinamos logo todo o contraste nela contido. Só numa observação mais atenta conseguimos verificar todo o surreal(ismo) existente na representação desta cena que nos parece realista.
É neste segundo olhar que descobrimos " uma cena nocturna sob um céu diurno" (Marcel Paquet).
Sobre esta ideia para o quadro "O Império das Luzes", Magritte quis esclarecer-nos sobre as suas intenções dizendo: " Reproduzi diferentes conceitos de O Império das Luzes, concretamente uma paisagem nocturna e um céu, tal como o vemos durante o dia.
A paisagem leva-nos a pensar na noite, o céu no dia. Na minha opinião, esta simultaneidade de dia e noite tem o poder de surpreender e encantar. Chamo a este poder poesia".
René Magritte (1898-1967) nasceu na Bélgica e segundo ele poucas recordações de infância ficaram retidas na sua memória. Uma das poucas lembranças referidas pelo pintor foi o seu gosto em brincar com uma rapariguinha num velho cemitério abandonado. A este respeito dizia "... costumávamos levantar os portões de ferro e entrar nas abóbadas subterrâneas. Uma vez, ao voltar à luz do dia, reparei num artista a pintar numa rua do cemitério, muito pitoresca, com as suas colunas de pedra partidas e folhas amontoadas. Este artista viera da capital; a sua arte parecia-me mágica e ele dotado de poderes mágicos".
Magritte registou na sua memória esta experiência de infância e comparou-a ao prazer da liberdade que mais tarde sentiu quando começou a pintar quadros menos convencionais, num "realismo mágico" como lhe chamou.
O contraste entre as sombras das abóbadas do subterrâneo do cemitério e a luz do dia
quando emergia à superfície, o contraste entre o mundo de duas crianças cheias de vida e o local onde brincavam - num cemitério - em que repousavam os que já não tinham vida, aparece na obra de Magritte.
Muitos dos elementos, representados nos seus quadros, apresentam um contraste profundo entre si, para provocar uma reacção do observador, convidando-o a pensar.
"Magritte era um pintor de ideias, um pintor de pensamentos visíveis, mais do que de assuntos" (Marcel Paquet).
Quando, em 1922, viu uma reprodução do quadro "Canção de amor" de De Chirico, Magritte ficou profundamente impressionado e mais tarde escreveu: "Foi um dos momentos mais comoventes da minha vida; pela primeira vez os meus olhos viram o pensamento".
Magritte, com a tela "O Império das Luzes", ao representar simultaneamente o dia e a noite ( a luz e a escuridão) consegue perturbar-nos na nossa forma de organizar a vida, mas ... tem o poder de nos "surpreender e encantar", tal como o próprio pintor pretendia.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Exposição de Pintura de Eva Afonso
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
A não perder ... Museu Cargaleiro em Castelo Branco
O Verão e as férias convidam a passeios ao ar livre, idas à praia, convívios com os amigos, viagens a locais próximos ou longínquos, mas também visitas a museus ...
Por isso gostaria de vos "convidar" a visitar, a partir de Setembro, as novas instalações do Museu Cargaleiro, em Castelo Branco.
O novo Museu localizar-se-á na Praça Académica. Esta praça assemelhar-se-á a um auditório ao ar livre, com pequenas bancadas de granito, onde se pode também apreciar uma fonte recuperada e uma vista excelente da Torre do Castelo.
Toda a colecção da Fundação Cargaleiro irá para Castelo Branco. Nestes tempos, em que o interior do país se esvazia, este é um dos muitos esforços titânicos que as autarquias realizam para chamar a si pessoas, cultura, turismo ...
Tenho pena de não possuir fotografias do novo Museu para vos mostrar, mas deixo-vos uma do antigo Pólo.
Vão ser cerca de oito mil peças de pintura, cerâmica, azulejaria, tapeçaria que vão para Castelo Branco. Todas estas peças poderão ser apreciadas, mas não serão mostradas de uma só vez, serão expostas de uma forma faseada, através de exposições rotativas.
O pintor e ceramista Manuel Cargaleiro demonstrou-se satisfeito com as novas instalações do Museu Cargaleiro em plena zona histórica da cidade.
Mestre Manuel Cargaleiro
Este artista nasceu no concelho de Vila Velha de Rodão, em 1927. Expôs as suas obras
pela primeira vez em 1949, no Primeiro Salão de Cerâmica de Lisboa. Em 1954 recebeu o Prémio Sebastião de Almeida e passou a leccionar na Escola de Artes Decorativas António Arroio. Até que, em 1957, foi viver para França, país que considera a sua segunda pátria.
Em 1990, a convite da Câmara Municipal de Lisboa, cria a Fundação Manuel Cargaleiro, à qual doou as suas colecções e que agora vão ser expostas no Museu Cargaleiro, em Castelo Branco. Será sob a responsabilidade desta Fundação que funcionará este Museu.
Mas não foi em Portugal que surgiu o primeiro espaço artístico com o seu nome.
O Museu Artístico Industrial Manuel Cargaleiro foi erigido no palácio Del Duchi Carosino, em Vietri Sul Mare, na Itália.
Segundo Manuel Cargaleiro " Tudo começou numa bienal em 1999, quando ganhei o grande prémio internacional de cerâmica. A partir daí os italianos nunca mais me largaram."
Às vezes "santos de casa ... fazem milagres", por que não aproveitá-los, por que não apreciá-los, por que não visitar, a partir de Setembro, o Museu Cargaleiro em Castelo Branco para ver as obras deste artista plástico ?
Manuel Cargaleiro
"Sonhos que o Destino Escreve"
Óleo sobre tela - 80,5x60cm
1972
Por isso gostaria de vos "convidar" a visitar, a partir de Setembro, as novas instalações do Museu Cargaleiro, em Castelo Branco.
O novo Museu localizar-se-á na Praça Académica. Esta praça assemelhar-se-á a um auditório ao ar livre, com pequenas bancadas de granito, onde se pode também apreciar uma fonte recuperada e uma vista excelente da Torre do Castelo.
Toda a colecção da Fundação Cargaleiro irá para Castelo Branco. Nestes tempos, em que o interior do país se esvazia, este é um dos muitos esforços titânicos que as autarquias realizam para chamar a si pessoas, cultura, turismo ...
Tenho pena de não possuir fotografias do novo Museu para vos mostrar, mas deixo-vos uma do antigo Pólo.
Vão ser cerca de oito mil peças de pintura, cerâmica, azulejaria, tapeçaria que vão para Castelo Branco. Todas estas peças poderão ser apreciadas, mas não serão mostradas de uma só vez, serão expostas de uma forma faseada, através de exposições rotativas.
O pintor e ceramista Manuel Cargaleiro demonstrou-se satisfeito com as novas instalações do Museu Cargaleiro em plena zona histórica da cidade.
Mestre Manuel Cargaleiro
Este artista nasceu no concelho de Vila Velha de Rodão, em 1927. Expôs as suas obras
pela primeira vez em 1949, no Primeiro Salão de Cerâmica de Lisboa. Em 1954 recebeu o Prémio Sebastião de Almeida e passou a leccionar na Escola de Artes Decorativas António Arroio. Até que, em 1957, foi viver para França, país que considera a sua segunda pátria.
Em 1990, a convite da Câmara Municipal de Lisboa, cria a Fundação Manuel Cargaleiro, à qual doou as suas colecções e que agora vão ser expostas no Museu Cargaleiro, em Castelo Branco. Será sob a responsabilidade desta Fundação que funcionará este Museu.
Mas não foi em Portugal que surgiu o primeiro espaço artístico com o seu nome.
O Museu Artístico Industrial Manuel Cargaleiro foi erigido no palácio Del Duchi Carosino, em Vietri Sul Mare, na Itália.
Segundo Manuel Cargaleiro " Tudo começou numa bienal em 1999, quando ganhei o grande prémio internacional de cerâmica. A partir daí os italianos nunca mais me largaram."
Às vezes "santos de casa ... fazem milagres", por que não aproveitá-los, por que não apreciá-los, por que não visitar, a partir de Setembro, o Museu Cargaleiro em Castelo Branco para ver as obras deste artista plástico ?
Manuel Cargaleiro
"Sonhos que o Destino Escreve"
Óleo sobre tela - 80,5x60cm
1972
sábado, 7 de agosto de 2010
Exposição de Pintura de Eva Afonso
Mostro-vos algumas fotografias da Exposição dos meus trabalhos de pintura no Museu Municipal do Bombarral - Palácio Gorjão - momentos antes da inauguração.
Espero que gostem!
Esta Exposição vai estar patente de 7 a 29 de Agosto.
Todos os dias | 10h00 às 12h00 | 14h00 às 18h00.
Sintam-se convidados, a entrada é gratuita.
Espero que gostem!
Esta Exposição vai estar patente de 7 a 29 de Agosto.
Todos os dias | 10h00 às 12h00 | 14h00 às 18h00.
Sintam-se convidados, a entrada é gratuita.